sexta-feira, 21 de janeiro de 2011
A ARTE DE PORTINARI
Filho de imigrantes italianos, Cândido Portinari nasceu no dia 29 de dezembro de 1903, numa fazenda de café nas proximidades de Brodowski, em São Paulo. Com a vocação artística florescendo logo na infância, Portinari teve uma educação deficiente, não completando sequer o ensino primário. Aos 14 anos de idade, uma trupe de pintores e escultores italianos que atuava na restauração de obras sacras passa pela região de Brodowski e recruta Portinari como ajudante. Seria o primeiro grande indício do talento do pintor brasileiro. Aos 15 anos, já decidido a aprimorar seus dons, Portinari deixa São Paulo e parte para o Rio de Janeiro, sem nenhum dinheiro no bolso, para estudar na Escola Nacional de Belas Artes. Durante seus estudos na ENBA, Portinari começa a se destacar e chamar a atenção tanto de professores quanto da própria imprensa. Se destaca tanto que aos 20 anos já participa de diversas exposições, ganhando elogios em artigos de vários jornais. Mesmo com toda essa badalação, começa a despertar no artista o interesse por um movimento artístico até então considerado marginal: o Modernismo. Um dos principais prêmios almejados por Portinari era a medalha de ouro do Salão da ENBA. Nos anos de 1926 e 1927, o pintor conseguiu destaque, mas não venceu. Anos depois, Portinari chegou a afirmar que suas telas com elementos modernistas escandalizaram os juízes do concurso. Em 1928 Portinari deliberadamente prepara uma tela com elementos acadêmicos tradicionais e finalmente ganha a medalha de ouro e uma viagem para a Europa. Os dois anos que passou vivendo em Paris foram decisivos no estilo que consagraria Portinari. Lá ele teve contato com outros grandes artistas, além de conhecer Maria Martinelli, uma uruguaia de 19 anos com quem o artista se casaria e passaria o resto de sua vida. A distância de Portinari de suas raízes acabou aproximando o artista do Brasil, e despertou nele um interesse social muito mais profundo. Em 1931 Portinari volta ao Brasil renovado. Muda completamente a estética de sua obra, valorizando mais cores e a idéia das pinturas. Aos poucos o artista deixa de lado as telas pintadas a óleo e começa a se dedicar a murais e afrescos. Ganhando nova notoriedade na imprensa, Portinari expõe três telas no Pavilhão Brasil da Feira Mundial em Nova York de 1939. Os quadros chamam a atenção do diretor geral do Museu de Arte Moderna de Nova York. Em 1940 a obra "Morro do Rio" é exposta no Museu de Arte Moderna de Nova York, e o artista ganha uma exposição individual em Nova York. Nessa época Portinari faz dois murais para a Biblioteca do Congresso em Washington. Ao visitar Museu de Arte Moderna de Nova York, Portinari se impressiona com uma obra que mudaria seu estilo novamente: "Guernica" de Pablo Picasso. No final da década de 1940, Portinari se muda com a família para o Uruguai. Mesmo longe de seu país, o artista continua com grande preocupação social em suas obras. Em 1954 Portinari apresentou uma grave intoxicação pelo chumbo presente nas tintas que usava. Desobedecendo a ordens médicas, Portinari continuou pintando e viajando com freqüência para exposições nos EUA, Europa e Israel. No começo de 1962 a prefeitura de Milão convida Portinari para uma grande exposição com 200 telas. Trabalhando freneticamente, o envenenamento de Portinari começa a tomar proporções fatais. No dia seis de fevereiro do mesmo ano, Cândido Portinari morre envenenado pelas tintas que o consagraram. Portinari pintou quase cinco mil obras, desde pequenos esboços até gigantescos murais. Foi o pintor brasileiro a alcançar maior projeção internacional. Uma das obras mais importantes de Portinari, O lavrador de café, foi furtada do segundo andar do Museu de Arte de São Paulo na madrugada do dia 20 de dezembro de 2007, em uma ação de três minutos, juntamente com o quadro Retrato de Suzanne Bloch, de Pablo Picasso. Estas obras foram resgatadas e restituídas ao museu dia 8 de janeiro de 2008, sem sofrer avarias.
quarta-feira, 14 de julho de 2010
PROFESSOR DE ARTE NÃO É DECORADOR DE ESCOLA
Uma série de enganos gravíssimos, por incrível que pareça, ainda compromete o ensino da arte nas escolas públicas, fruto da ignorância de algumas equipes pedagógicas que, por desconhecer as mais recentes concepções do ensino de Arte, insistem em querer confundir aulas de Arte com lazer.
De fato, as aulas de arte não podem ser usadas como terapia, como um descanso depois de uma “aula mais séria” (matemática, português, ciências...) para relaxar os alunos. A aula de Arte, de forma alguma, pode ser utilizada para fazer decoração de escola (professor(a) de arte não é decorador(a)), promover festinhas em datas cívicas (professor(a) de arte não é promoter), fazer “presentinhos” para o dia dos pais, das mães, das crianças, pintar “coelhinhos” da páscoa e árvores de natal.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB nº 9.394, de 1996 estabelece em seu artigo 26, parágrafo 2º que “o ensino da Arte constituirá componente curricular obrigatório, nos diversos níveis da educação básica, de forma a promover o DESENVOLVIMENTO CULTURAL dos alunos”. “A arte é importante na escola principalmente porque é importante fora dela”.(Maria Celeste Martins, 1998). Portanto, nenhum DESENVOLVIMENTO CULTURAL traz em se pintar “coelhinhos” na páscoa, fazer árvores no natal, pintar “bandeirinhas” nas datas cívicas,fazer “presentinhos” para o dia dos pais, das mães ou das crianças. A arte deve ser trabalhada “como área com conteúdos próprios ligados a cultura artística, e não como atividade”.(PCN arte).
O(a) professor(a) de arte (seja efetivo, substituto ou estagiário) deve deixar isso muito claro para a equipe pedagógica de sua escola logo no início do ano letivo. Todas essas considerações devem constar, com muita ênfase, no item “Justificativa da Disciplina” do plano de curso anual, não como sugestão, mas de maneira imperativa, pois quem sabe o que trabalhar em cada sala de aula, em cada turma, em cada série é o(a) professor(a) que passou vários anos na universidade estudando para desempenhar essa árdua tarefa de ser professor(a) de Arte. A equipe pedagógica é meramente técnica, teórica, embora muitas escolas já tenham uma visão bem contemporânea do ensino da arte e muitos diretores, diretoras e equipes pedagógicas já deixam o professor à vontade para desempenhar sua atividade verdadeira no ensino da arte.
A Lei nº 5.692, de 1971 que criou o componente curricular Educação Artística determinava que a disciplina abordasse conteúdos de música, teatro, dança e artes plásticas nos cursos de 1º e 2º graus. Assim nasceu a figura do professor único que deveria dominar todas essas linguagens.
Pelo bem da disciplina essa concepção caiu e hoje as universidades de todo o Brasil oferecem Licenciaturas específicas em cada área do conhecimento da ARTE. O professor não pode e não deve ser polivalente em arte e a escola deve ter um professor em cada uma das áreas desse importante conhecimento; seja em artes visuais, dança, teatro ou música.
A Universidade Federal do Piauí, infelizmente, oferece apenas duas Licenciaturas: em artes visuais e em música, deixando o nosso estado sem profissionais habilitados para atuarem nas outras áreas fundamentais da arte. Assim, professores e professoras da rede pública, seja ela estadual ou municipal, ainda são levados a ministrar aulas numa habilitação distinta a sua; profissionais licenciados em música encontram escolas desestruturadas e despreparadas para recebê-los e se submetem a ministrar aulas de artes visuais e outras formas de arte, ocupando o lugar dos colegas, principalmente de artes plásticas. Não há quem fiscalize. Não há uma organização, não há uma associação que represente os arte-educadores (acho essa expressão feia, anacrônica) no Piauí. Estamos jogados ao Léo(leão).
Está na hora de começarmos impor nossas condições de trabalho. Não é mais aceitável ver nossa disciplina ser tratada como um “tapa buraco”. Um “entretenimento”, um “passa tempo”. Embora que, tentar mudar essa concepção de lazer da disciplina de Arte vá causar reações brutais por parte de direções de algumas escolas, como a que presenciei no ano de 2009 quando trabalhei na escola Profa. Helena Carvalho, no bairro Memorare, zona norte de Teresina, onde ouvi da Senhora Diretora, profª. Dulcila Castelo Branco Carvalho, que “Arte é uma disciplina inútil. Não serve ‘pra’ nada. Se eu tivesse o poder da caneta eu dizimaria essa disciplina do currículo”. Fiquei chocado em ouvir tais sandices de uma “des)educadora” por eu não ter obedecido a uma ordem de ‘decorar’ as salas para uma visita das técnicas da SEDUC e por me recusar fazer uns “bois” de EVA e “bandeirinhas” para colar nos corredores.
Referência:
Martins, Mirian Celeste Ferreira Dias
Didática do ensino de arte: a língua do mundo: poetizar, fruir e conhecer arte / Mirian Celeste Martins, Gisa Picosque, M. Terezinha Telles Guerra. – São Paulo: FTD, 1998.
De fato, as aulas de arte não podem ser usadas como terapia, como um descanso depois de uma “aula mais séria” (matemática, português, ciências...) para relaxar os alunos. A aula de Arte, de forma alguma, pode ser utilizada para fazer decoração de escola (professor(a) de arte não é decorador(a)), promover festinhas em datas cívicas (professor(a) de arte não é promoter), fazer “presentinhos” para o dia dos pais, das mães, das crianças, pintar “coelhinhos” da páscoa e árvores de natal.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB nº 9.394, de 1996 estabelece em seu artigo 26, parágrafo 2º que “o ensino da Arte constituirá componente curricular obrigatório, nos diversos níveis da educação básica, de forma a promover o DESENVOLVIMENTO CULTURAL dos alunos”. “A arte é importante na escola principalmente porque é importante fora dela”.(Maria Celeste Martins, 1998). Portanto, nenhum DESENVOLVIMENTO CULTURAL traz em se pintar “coelhinhos” na páscoa, fazer árvores no natal, pintar “bandeirinhas” nas datas cívicas,fazer “presentinhos” para o dia dos pais, das mães ou das crianças. A arte deve ser trabalhada “como área com conteúdos próprios ligados a cultura artística, e não como atividade”.(PCN arte).
O(a) professor(a) de arte (seja efetivo, substituto ou estagiário) deve deixar isso muito claro para a equipe pedagógica de sua escola logo no início do ano letivo. Todas essas considerações devem constar, com muita ênfase, no item “Justificativa da Disciplina” do plano de curso anual, não como sugestão, mas de maneira imperativa, pois quem sabe o que trabalhar em cada sala de aula, em cada turma, em cada série é o(a) professor(a) que passou vários anos na universidade estudando para desempenhar essa árdua tarefa de ser professor(a) de Arte. A equipe pedagógica é meramente técnica, teórica, embora muitas escolas já tenham uma visão bem contemporânea do ensino da arte e muitos diretores, diretoras e equipes pedagógicas já deixam o professor à vontade para desempenhar sua atividade verdadeira no ensino da arte.
A Lei nº 5.692, de 1971 que criou o componente curricular Educação Artística determinava que a disciplina abordasse conteúdos de música, teatro, dança e artes plásticas nos cursos de 1º e 2º graus. Assim nasceu a figura do professor único que deveria dominar todas essas linguagens.
Pelo bem da disciplina essa concepção caiu e hoje as universidades de todo o Brasil oferecem Licenciaturas específicas em cada área do conhecimento da ARTE. O professor não pode e não deve ser polivalente em arte e a escola deve ter um professor em cada uma das áreas desse importante conhecimento; seja em artes visuais, dança, teatro ou música.
A Universidade Federal do Piauí, infelizmente, oferece apenas duas Licenciaturas: em artes visuais e em música, deixando o nosso estado sem profissionais habilitados para atuarem nas outras áreas fundamentais da arte. Assim, professores e professoras da rede pública, seja ela estadual ou municipal, ainda são levados a ministrar aulas numa habilitação distinta a sua; profissionais licenciados em música encontram escolas desestruturadas e despreparadas para recebê-los e se submetem a ministrar aulas de artes visuais e outras formas de arte, ocupando o lugar dos colegas, principalmente de artes plásticas. Não há quem fiscalize. Não há uma organização, não há uma associação que represente os arte-educadores (acho essa expressão feia, anacrônica) no Piauí. Estamos jogados ao Léo(leão).
Está na hora de começarmos impor nossas condições de trabalho. Não é mais aceitável ver nossa disciplina ser tratada como um “tapa buraco”. Um “entretenimento”, um “passa tempo”. Embora que, tentar mudar essa concepção de lazer da disciplina de Arte vá causar reações brutais por parte de direções de algumas escolas, como a que presenciei no ano de 2009 quando trabalhei na escola Profa. Helena Carvalho, no bairro Memorare, zona norte de Teresina, onde ouvi da Senhora Diretora, profª. Dulcila Castelo Branco Carvalho, que “Arte é uma disciplina inútil. Não serve ‘pra’ nada. Se eu tivesse o poder da caneta eu dizimaria essa disciplina do currículo”. Fiquei chocado em ouvir tais sandices de uma “des)educadora” por eu não ter obedecido a uma ordem de ‘decorar’ as salas para uma visita das técnicas da SEDUC e por me recusar fazer uns “bois” de EVA e “bandeirinhas” para colar nos corredores.
Referência:
Martins, Mirian Celeste Ferreira Dias
Didática do ensino de arte: a língua do mundo: poetizar, fruir e conhecer arte / Mirian Celeste Martins, Gisa Picosque, M. Terezinha Telles Guerra. – São Paulo: FTD, 1998.
sábado, 5 de junho de 2010
CURSOS DE ARTE DA UFPI
“Existem cursos de ARTE na UFPI”? Essa é a pergunta que ouço de cerca de noventa por cento das pessoas quando digo que sou graduado em música pela nossa tão conclamada, inchada, linchada, sucateada, sugada, pobre e decadente Instituição de Ensino Superior. E pasmem! A maioria dos estudantes da própria Universidade não sabe que lá há cursos de Licenciatura em Música e Artes Visuais.
1.Alguns pontos merecem ser destacados:O fluxograma está cheio de disciplinas inúteis para o curso:Fico me perguntando o que passa pela cabeça de quem planeja esses fluxogramas e concluo que esses especialistas, mestres e doutores deveriam voltar à sala de aula porque se tornaram incompetentes, visionários e utópicos no decorrer da construção, muitas vezes sentados em frente a um computador, de suas frias teses. As ações desse pessoal, de tão irreais que são, chegam a beirar o ridículo.
Disciplinas como Sociologia da Educação, Filosofia da Educação, História da Educação, Arqueologia da Educação, Psicologia da Educação (que por incrível que pareça ainda temos que cursar um ano inteiro de uma Psicologia da Educação visionária, utópica, ultrapassada, mal ministrada...) minam, dia-a-dia, o talento artístico dos estudantes de ARTE. Eles estão ali para aprender e apreender ARTE e não para serem meros e frios teóricos em nada. O estudante fica frustrado e desiste do curso logo no primeiro ano. O curso fica longo, cansativo, fora de foco e muito chato para um artista. Mas já que, ao que parece, a principal função desses “mestres” e “doutores” é “encher lingüiça com maresia” vai aqui umas sugestões de disciplinas para a próxima reunião (em fazer reunião eles são PHDs): Ufologia da Educação, mesmiciologia na Educação, Binladeologia da Educação, Juniologia da Educação, Opiologia na educação... esses caras deviam usar psicologia para explicar porque gostam tanto de (gia) jia.
2. Falta de ação artística:
Quem passa pelos corredores do CCE jamais saberá que ali funcionam cursos de arte. É um Centro “frio”, sem vida, mal cuidado, nenhuma expressão artística para os visitantes e estudantes de outros cursos. O CCHL fervilha arte e cultura, enquanto o CCE, que aloja os cursos de arte, é morto artisticamente.O CAMA (os caras vivem dormindo!!!) Centro Acadêmico de Música e Artes visuais exerce regularmente e com muita competência sua única função no curso: a de assinar os formulários das carteirinhas dos estudantes e ficar com uma taxa de três ou quatro reais de cada estudante, levar esses formulários ao DCE, que por sua vez embolsa para seu partido político e seus membros cerca de seis reais por cada carteirinha que custa, na gráfica, cinqüenta centavos. Um bom negócio!
O coordenador e todos os que trabalham nesses cursos deveriam ser, antes de professores meramente técnicos, artistas. Falta vivência da arte. Falta espírito artístico. Falta talento. Deveriam esquecer-se que são meros funcionários públicos apenas esperando o final do mês chegar para ir ao banco do Brasil sacar a gorda quantia que nós, estudantes, depositamos em suas contas.
3. O curso de música, no qual sou graduado, está precisando de socorro urgente: Conheço alunos que há anos lutam para concluir sua graduação, mas o corporativismo existente na administração faz com que a maioria dos professores escolha seus horários a seu “bel prazer”, sem se importarem com as reais necessidades dos alunos de conciliar trabalho, estudo, vida social, familiar e cultural. No turno da manhã praticamente não há aulas no DMA (Dep. de Música e Artes Visuais). Esquecem, alguns professores, que eles são funcionários dos estudantes; os estudantes quem bancam suas mordomias e seus salários obesos.
Estudantes de Arte, despertem-se! Acordem! Levantem da CAMA!
1.Alguns pontos merecem ser destacados:O fluxograma está cheio de disciplinas inúteis para o curso:Fico me perguntando o que passa pela cabeça de quem planeja esses fluxogramas e concluo que esses especialistas, mestres e doutores deveriam voltar à sala de aula porque se tornaram incompetentes, visionários e utópicos no decorrer da construção, muitas vezes sentados em frente a um computador, de suas frias teses. As ações desse pessoal, de tão irreais que são, chegam a beirar o ridículo.
Disciplinas como Sociologia da Educação, Filosofia da Educação, História da Educação, Arqueologia da Educação, Psicologia da Educação (que por incrível que pareça ainda temos que cursar um ano inteiro de uma Psicologia da Educação visionária, utópica, ultrapassada, mal ministrada...) minam, dia-a-dia, o talento artístico dos estudantes de ARTE. Eles estão ali para aprender e apreender ARTE e não para serem meros e frios teóricos em nada. O estudante fica frustrado e desiste do curso logo no primeiro ano. O curso fica longo, cansativo, fora de foco e muito chato para um artista. Mas já que, ao que parece, a principal função desses “mestres” e “doutores” é “encher lingüiça com maresia” vai aqui umas sugestões de disciplinas para a próxima reunião (em fazer reunião eles são PHDs): Ufologia da Educação, mesmiciologia na Educação, Binladeologia da Educação, Juniologia da Educação, Opiologia na educação... esses caras deviam usar psicologia para explicar porque gostam tanto de (gia) jia.
2. Falta de ação artística:
Quem passa pelos corredores do CCE jamais saberá que ali funcionam cursos de arte. É um Centro “frio”, sem vida, mal cuidado, nenhuma expressão artística para os visitantes e estudantes de outros cursos. O CCHL fervilha arte e cultura, enquanto o CCE, que aloja os cursos de arte, é morto artisticamente.O CAMA (os caras vivem dormindo!!!) Centro Acadêmico de Música e Artes visuais exerce regularmente e com muita competência sua única função no curso: a de assinar os formulários das carteirinhas dos estudantes e ficar com uma taxa de três ou quatro reais de cada estudante, levar esses formulários ao DCE, que por sua vez embolsa para seu partido político e seus membros cerca de seis reais por cada carteirinha que custa, na gráfica, cinqüenta centavos. Um bom negócio!
O coordenador e todos os que trabalham nesses cursos deveriam ser, antes de professores meramente técnicos, artistas. Falta vivência da arte. Falta espírito artístico. Falta talento. Deveriam esquecer-se que são meros funcionários públicos apenas esperando o final do mês chegar para ir ao banco do Brasil sacar a gorda quantia que nós, estudantes, depositamos em suas contas.
3. O curso de música, no qual sou graduado, está precisando de socorro urgente: Conheço alunos que há anos lutam para concluir sua graduação, mas o corporativismo existente na administração faz com que a maioria dos professores escolha seus horários a seu “bel prazer”, sem se importarem com as reais necessidades dos alunos de conciliar trabalho, estudo, vida social, familiar e cultural. No turno da manhã praticamente não há aulas no DMA (Dep. de Música e Artes Visuais). Esquecem, alguns professores, que eles são funcionários dos estudantes; os estudantes quem bancam suas mordomias e seus salários obesos.
Estudantes de Arte, despertem-se! Acordem! Levantem da CAMA!
sábado, 22 de maio de 2010
TERESINA E OS CORAIS DE *GRILO
Teresina é hoje uma cidade que vem crescendo, ainda que muito timidamente, na formação e na prática do canto coral. Mas infelizmente a qualidade dos nossos corais, como disse várias vezes um doutor em regência e meu ex-professor da UFPI, para alcançar a mediocridade precisa evoluir em algumas dezenas de vezes do que temos hoje.
E a culpa é da escravidão sofrida pelos coralistas por parte dos regentes e órgãos públicos. O coralista é uma vítima desse sistema de trabalho escravo, já que temos hoje em Teresina (e isso é uma prática antiga), uma cultura de exploração e de abuso por parte de muitos regentes picaretas e aproveitadores que usam de má fé contra centenas de coralistas em dezenas de corais espalhados pela cidade (são corais mantidos pela prefeitura, pelo estado, pelas universidades públicas e particulares, órgãos federais...). Esses “pseudo regentes” como diria um certo doutor em regência, se aproveitam de garotos e garotas que estão começando estudar música, sem experiência e tiram vantagens financeiras e políticas desse pessoal, levando-os para cantar em eventos políticos da prefeitura e do governo do estado pois que, para se manterem em seus postos eles aprendem o “jogo dos ratos”, como disse Raul Seixas e “transam com deus e com o lobisomem”).
Muitas vezes quando eu cantava no coral de UFPI, havia eventos políticos disfarçados de eventos culturais da prefeitura de Teresina. Nós chegávamos ao ponto de ir cantar de graça e ainda ter que comprar uma roupa de tal cor, exigida pelo regente, para tal ocasião. Lembrando que os coralistas do coral da UFPI recebiam (virtualmente) uma bolsa mensal que eu e meus colegas, durante alguns anos em que estivemos lá, recebemos pouquíssimas vezes, mas como o gordo salário do regente caia na conta dele todo mês, implacavelmente, nós que nos ferrássemos. Danem-se!
A lavagem cerebral é tamanha que eles conseguem escravizar esses “pobres inocentes” a ponto de exigirem que eles até paguem para cantar. Porém, conheço muitos regentes digno de admiração por se preocuparem com a remuneração de seus cantores.
Outro fato surreal, inacreditável, cabeludo, escabroso... foi que inventaram de ensaiar a 9ª Sinfonia de Beethoven (o pobre compositor deve ter pedido pra morrer de novo!). Até aí tudo bem! Como diria o nosso “Amador” Campos. Contrataram, a peso de ouro, uma professora de canto da UFPI, encheram os bolsos do regente (o cara rege praticamente todos os corais da cidade. Já pensou, quantas centenas de coralistas trabalhando de graça! Escravidão multiplicada!), pagaram os músicos da orquestra, contrataram um auxiliar de regente que também se dizia tradutor da alemão! rsrsrsrs!, etc, etc. E para os coralistas ofereceram ensaio três vezes por semana e até nos sábados, caderno de ponto para penalizar quem faltasse aos ensaios ou chegasse atrasado, um prejuízo semanal de seis vale-transportes, CDs e DVDs virgem para copiar as partes, "pressão" naqueles que erravam a pronúncia “perfeita” do alemão do regente auxiliar e uma estressante maratona de apresentações para cumprir a agenda política do prefeito da cidade, que banca o regente, o auxiliar, o sem cultura então secretário de cultura e toda aquela gente.
Está na hora dos coralistas de Teresina, a exemplo do resto do país, começarem a se dar valor e exigir salário igual ao do regente, para que assim possam investir na sua formação musical, melhorar a qualidade vocal e poder elevar o canto coral de Teresina a patamares aceitáveis aos ouvidos. Tem-se que questionar quem é mais importante num coral, o regente ou os coralistas? Acho que ambos têm a mesma importância e devem ser tratados de forma igualitária. Está na hora de desbancar essa velha guarda de pensamentos e práticas musicais ultrapassadas que controlam o movimento coral em Teresina e uma nova geração de pessoas de mentes abertas e musicalmente revolucionárias assumirem a batuta sem nenhuma saudade ou herança desse passado negro. Pelo bem da música e dos nossos ouvidos sofridos, é chegada hora da ABOLIÇÃO definitiva dos CORAIS DE GRILOS DE TERESINA!
*segundo as tradições populares, os grilos são os únicos animais que cantam de graça.
E a culpa é da escravidão sofrida pelos coralistas por parte dos regentes e órgãos públicos. O coralista é uma vítima desse sistema de trabalho escravo, já que temos hoje em Teresina (e isso é uma prática antiga), uma cultura de exploração e de abuso por parte de muitos regentes picaretas e aproveitadores que usam de má fé contra centenas de coralistas em dezenas de corais espalhados pela cidade (são corais mantidos pela prefeitura, pelo estado, pelas universidades públicas e particulares, órgãos federais...). Esses “pseudo regentes” como diria um certo doutor em regência, se aproveitam de garotos e garotas que estão começando estudar música, sem experiência e tiram vantagens financeiras e políticas desse pessoal, levando-os para cantar em eventos políticos da prefeitura e do governo do estado pois que, para se manterem em seus postos eles aprendem o “jogo dos ratos”, como disse Raul Seixas e “transam com deus e com o lobisomem”).
Muitas vezes quando eu cantava no coral de UFPI, havia eventos políticos disfarçados de eventos culturais da prefeitura de Teresina. Nós chegávamos ao ponto de ir cantar de graça e ainda ter que comprar uma roupa de tal cor, exigida pelo regente, para tal ocasião. Lembrando que os coralistas do coral da UFPI recebiam (virtualmente) uma bolsa mensal que eu e meus colegas, durante alguns anos em que estivemos lá, recebemos pouquíssimas vezes, mas como o gordo salário do regente caia na conta dele todo mês, implacavelmente, nós que nos ferrássemos. Danem-se!
A lavagem cerebral é tamanha que eles conseguem escravizar esses “pobres inocentes” a ponto de exigirem que eles até paguem para cantar. Porém, conheço muitos regentes digno de admiração por se preocuparem com a remuneração de seus cantores.
Outro fato surreal, inacreditável, cabeludo, escabroso... foi que inventaram de ensaiar a 9ª Sinfonia de Beethoven (o pobre compositor deve ter pedido pra morrer de novo!). Até aí tudo bem! Como diria o nosso “Amador” Campos. Contrataram, a peso de ouro, uma professora de canto da UFPI, encheram os bolsos do regente (o cara rege praticamente todos os corais da cidade. Já pensou, quantas centenas de coralistas trabalhando de graça! Escravidão multiplicada!), pagaram os músicos da orquestra, contrataram um auxiliar de regente que também se dizia tradutor da alemão! rsrsrsrs!, etc, etc. E para os coralistas ofereceram ensaio três vezes por semana e até nos sábados, caderno de ponto para penalizar quem faltasse aos ensaios ou chegasse atrasado, um prejuízo semanal de seis vale-transportes, CDs e DVDs virgem para copiar as partes, "pressão" naqueles que erravam a pronúncia “perfeita” do alemão do regente auxiliar e uma estressante maratona de apresentações para cumprir a agenda política do prefeito da cidade, que banca o regente, o auxiliar, o sem cultura então secretário de cultura e toda aquela gente.
Está na hora dos coralistas de Teresina, a exemplo do resto do país, começarem a se dar valor e exigir salário igual ao do regente, para que assim possam investir na sua formação musical, melhorar a qualidade vocal e poder elevar o canto coral de Teresina a patamares aceitáveis aos ouvidos. Tem-se que questionar quem é mais importante num coral, o regente ou os coralistas? Acho que ambos têm a mesma importância e devem ser tratados de forma igualitária. Está na hora de desbancar essa velha guarda de pensamentos e práticas musicais ultrapassadas que controlam o movimento coral em Teresina e uma nova geração de pessoas de mentes abertas e musicalmente revolucionárias assumirem a batuta sem nenhuma saudade ou herança desse passado negro. Pelo bem da música e dos nossos ouvidos sofridos, é chegada hora da ABOLIÇÃO definitiva dos CORAIS DE GRILOS DE TERESINA!
*segundo as tradições populares, os grilos são os únicos animais que cantam de graça.
domingo, 2 de maio de 2010
BREVES CONSIDERAÇÕES MUSICAIS
Coração de maestro é muito cobiçado para transplante, pelo pouco uso que tiveram.
Sopranos são muito pretensiosas; acham que o resto do coro existe apenas para dar suporte a elas.
Os SOPRANOS são quem canta mais agudo, e por isso pensam que governam o mundo. Elas têm cabelos mais compridos, jóias mais vistosas e saias que fazem barulho ao andar.
Quando um contralto se engana numa nota, ninguém percebe.
Os Contraltos têm imenso tempo para conversar enquanto as sopranos cantam.
Para os baixos as letras são sempre apelativas como por exemplo: plom, plom, puum...
Se o baixo arrotar enquanto canta a platéia pensará que faz parte da música.
Sopranos são muito pretensiosas; acham que o resto do coro existe apenas para dar suporte a elas.
Os SOPRANOS são quem canta mais agudo, e por isso pensam que governam o mundo. Elas têm cabelos mais compridos, jóias mais vistosas e saias que fazem barulho ao andar.
Quando um contralto se engana numa nota, ninguém percebe.
Os Contraltos têm imenso tempo para conversar enquanto as sopranos cantam.
Para os baixos as letras são sempre apelativas como por exemplo: plom, plom, puum...
Se o baixo arrotar enquanto canta a platéia pensará que faz parte da música.
terça-feira, 27 de abril de 2010
A ARTE DA MÚSICA (E sua história)
Quando nasceu a música? Como as primeiras manifestações musicais não deixaram registro é praticamente impossível saber quando foi realmente a origem da música. Ninguém sabe exatamente quando o homem começou a produzir seus primeiros sons musicais.
Não há como se dizer uma data precisa. A História não tem essa função; a de dizer dia, mês e ano desses fenômenos culturais. Há hipótese de que o primeiro som musical que o homem inventou, há milhares de anos, foi batendo num tronco oco de madeira e, gostando do som produzido, dançou ao som das pancadas.
Ao que parece o homem das cavernas usava a música para fins religiosos. Considerava a música um presente dos deuses e dançava e fazia festas para agradecer aos deuses os benefícios recebidos. Nessas festas religiosas ele comemorava as colheitas fartas, a caça, as vitórias nas guerras, etc.
Batendo com um pedaço de madeira em outro o homem inventou o primeiro instrumento de percussão. Mais tarde ele sentiu necessidade de enriquecer esses sons e começou a usar as mãos e os pés para acompanhar o ritmo das pancadas no tronco de madeira.
Os barulhos da natureza fascinavam o homem desse tempo e despertou nele a vontade de imitar esses sons que a natureza produzia (vento, o som das águas, o canto dos pássaros, etc.). Aí o homem começou imitar a voz dos pássaros, o barulho que o vento fazia e os sons dos animais em geral e isso foi sua primeira forma de música cantada ou música vocal. Essas manifestações musicais duraram por muitas e muitas décadas, é que a música é uma arte que evoluiu de forma muito lenta.
Contudo, os atuais conceitos de música consideram que aquelas formas musicais do homem primitivo são muito pobres para ser considerada “arte musical”. Mas do ponto de vista histórico (para a história da música e da humanidade) tais manifestações musicais tiveram uma importância muito grande.
Sabe-se também (isso é indiscutível), que foram os gregos que estabeleceram (desenvolveram) as bases da nossa música. A própria palavra música surgiu na Grécia e significava não somente a arte dos sons como também a poesia e a dança. Os três: som, dança e poesia eram três artes que se uniam numa só e formavam a música. É grega também a expressão música lírica que significa música tocada por um instrumento musical chamado “lira”, e que tinha como característica principal, além da própria música sonora, a poesia.
Assim como os demais povos antigos, os gregos também atribuíam a música como um presente dos deuses. A música, para eles, era uma criação verdadeiramente do espírito e um meio de alcançar a perfeição.
Na Roma antiga a arte da música não foi tão eficiente como na Grécia. A cultura dos romanos era bem menor que sua força econômica; Roma era rica e dominava muitos outros povos, mas possuía pouca criatividade cultural. Quando Roma invadiu a Grécia se apoderou de toda a arte dos gregos. Copiavam a arte grega e a exportavam para o mundo como se fosse uma arte romana. Portanto, Roma apenas copiou, não criou sua própria arte. O que Roma criou, em relação a arte musical foi apenas alguns instrumentos musicais.
NA IDADE MÉDIA: Na idade média a música foi escrava da igreja. Foi, sem dúvida, o período de maior estagnação e atraso da história da música. A música foi impedida de evoluir, sob o controle rígido dos papas da igreja. Os papas decretaram que somente o clero podia utilizar a música; a música era propriedade da igreja e não era permitida que as pessoas na rua, em casa, nas tavernas ou qualquer outro lugar usassem a música de alguma forma. Era excomungado e até condenado à morte quem desobedecesse às leis da igreja de Roma. O clero criou logo sua própria forma de fazer música para demonstrar sua “fé” e seus sentimentos religiosos. Os salmos da Bíblia inspiravam os hinos e os cânticos dessa nova concepção musical e logo os padres e monges se especializaram em trabalhar na arte da música.
Não há como se dizer uma data precisa. A História não tem essa função; a de dizer dia, mês e ano desses fenômenos culturais. Há hipótese de que o primeiro som musical que o homem inventou, há milhares de anos, foi batendo num tronco oco de madeira e, gostando do som produzido, dançou ao som das pancadas.
Ao que parece o homem das cavernas usava a música para fins religiosos. Considerava a música um presente dos deuses e dançava e fazia festas para agradecer aos deuses os benefícios recebidos. Nessas festas religiosas ele comemorava as colheitas fartas, a caça, as vitórias nas guerras, etc.
Batendo com um pedaço de madeira em outro o homem inventou o primeiro instrumento de percussão. Mais tarde ele sentiu necessidade de enriquecer esses sons e começou a usar as mãos e os pés para acompanhar o ritmo das pancadas no tronco de madeira.
Os barulhos da natureza fascinavam o homem desse tempo e despertou nele a vontade de imitar esses sons que a natureza produzia (vento, o som das águas, o canto dos pássaros, etc.). Aí o homem começou imitar a voz dos pássaros, o barulho que o vento fazia e os sons dos animais em geral e isso foi sua primeira forma de música cantada ou música vocal. Essas manifestações musicais duraram por muitas e muitas décadas, é que a música é uma arte que evoluiu de forma muito lenta.
Contudo, os atuais conceitos de música consideram que aquelas formas musicais do homem primitivo são muito pobres para ser considerada “arte musical”. Mas do ponto de vista histórico (para a história da música e da humanidade) tais manifestações musicais tiveram uma importância muito grande.
Sabe-se também (isso é indiscutível), que foram os gregos que estabeleceram (desenvolveram) as bases da nossa música. A própria palavra música surgiu na Grécia e significava não somente a arte dos sons como também a poesia e a dança. Os três: som, dança e poesia eram três artes que se uniam numa só e formavam a música. É grega também a expressão música lírica que significa música tocada por um instrumento musical chamado “lira”, e que tinha como característica principal, além da própria música sonora, a poesia.
Assim como os demais povos antigos, os gregos também atribuíam a música como um presente dos deuses. A música, para eles, era uma criação verdadeiramente do espírito e um meio de alcançar a perfeição.
Na Roma antiga a arte da música não foi tão eficiente como na Grécia. A cultura dos romanos era bem menor que sua força econômica; Roma era rica e dominava muitos outros povos, mas possuía pouca criatividade cultural. Quando Roma invadiu a Grécia se apoderou de toda a arte dos gregos. Copiavam a arte grega e a exportavam para o mundo como se fosse uma arte romana. Portanto, Roma apenas copiou, não criou sua própria arte. O que Roma criou, em relação a arte musical foi apenas alguns instrumentos musicais.
NA IDADE MÉDIA: Na idade média a música foi escrava da igreja. Foi, sem dúvida, o período de maior estagnação e atraso da história da música. A música foi impedida de evoluir, sob o controle rígido dos papas da igreja. Os papas decretaram que somente o clero podia utilizar a música; a música era propriedade da igreja e não era permitida que as pessoas na rua, em casa, nas tavernas ou qualquer outro lugar usassem a música de alguma forma. Era excomungado e até condenado à morte quem desobedecesse às leis da igreja de Roma. O clero criou logo sua própria forma de fazer música para demonstrar sua “fé” e seus sentimentos religiosos. Os salmos da Bíblia inspiravam os hinos e os cânticos dessa nova concepção musical e logo os padres e monges se especializaram em trabalhar na arte da música.
Assinar:
Postagens (Atom)