sábado, 5 de junho de 2010

CURSOS DE ARTE DA UFPI

“Existem cursos de ARTE na UFPI”? Essa é a pergunta que ouço de cerca de noventa por cento das pessoas quando digo que sou graduado em música pela nossa tão conclamada, inchada, linchada, sucateada, sugada, pobre e decadente Instituição de Ensino Superior. E pasmem! A maioria dos estudantes da própria Universidade não sabe que lá há cursos de Licenciatura em Música e Artes Visuais.

1.Alguns pontos merecem ser destacados:O fluxograma está cheio de disciplinas inúteis para o curso:Fico me perguntando o que passa pela cabeça de quem planeja esses fluxogramas e concluo que esses especialistas, mestres e doutores deveriam voltar à sala de aula porque se tornaram incompetentes, visionários e utópicos no decorrer da construção, muitas vezes sentados em frente a um computador, de suas frias teses. As ações desse pessoal, de tão irreais que são, chegam a beirar o ridículo.
Disciplinas como Sociologia da Educação, Filosofia da Educação, História da Educação, Arqueologia da Educação, Psicologia da Educação (que por incrível que pareça ainda temos que cursar um ano inteiro de uma Psicologia da Educação visionária, utópica, ultrapassada, mal ministrada...) minam, dia-a-dia, o talento artístico dos estudantes de ARTE. Eles estão ali para aprender e apreender ARTE e não para serem meros e frios teóricos em nada. O estudante fica frustrado e desiste do curso logo no primeiro ano. O curso fica longo, cansativo, fora de foco e muito chato para um artista. Mas já que, ao que parece, a principal função desses “mestres” e “doutores” é “encher lingüiça com maresia” vai aqui umas sugestões de disciplinas para a próxima reunião (em fazer reunião eles são PHDs): Ufologia da Educação, mesmiciologia na Educação, Binladeologia da Educação, Juniologia da Educação, Opiologia na educação... esses caras deviam usar psicologia para explicar porque gostam tanto de (gia) jia.

2. Falta de ação artística:
Quem passa pelos corredores do CCE jamais saberá que ali funcionam cursos de arte. É um Centro “frio”, sem vida, mal cuidado, nenhuma expressão artística para os visitantes e estudantes de outros cursos. O CCHL fervilha arte e cultura, enquanto o CCE, que aloja os cursos de arte, é morto artisticamente.O CAMA (os caras vivem dormindo!!!) Centro Acadêmico de Música e Artes visuais exerce regularmente e com muita competência sua única função no curso: a de assinar os formulários das carteirinhas dos estudantes e ficar com uma taxa de três ou quatro reais de cada estudante, levar esses formulários ao DCE, que por sua vez embolsa para seu partido político e seus membros cerca de seis reais por cada carteirinha que custa, na gráfica, cinqüenta centavos. Um bom negócio!
O coordenador e todos os que trabalham nesses cursos deveriam ser, antes de professores meramente técnicos, artistas. Falta vivência da arte. Falta espírito artístico. Falta talento. Deveriam esquecer-se que são meros funcionários públicos apenas esperando o final do mês chegar para ir ao banco do Brasil sacar a gorda quantia que nós, estudantes, depositamos em suas contas.

3. O curso de música, no qual sou graduado, está precisando de socorro urgente: Conheço alunos que há anos lutam para concluir sua graduação, mas o corporativismo existente na administração faz com que a maioria dos professores escolha seus horários a seu “bel prazer”, sem se importarem com as reais necessidades dos alunos de conciliar trabalho, estudo, vida social, familiar e cultural. No turno da manhã praticamente não há aulas no DMA (Dep. de Música e Artes Visuais). Esquecem, alguns professores, que eles são funcionários dos estudantes; os estudantes quem bancam suas mordomias e seus salários obesos.
Estudantes de Arte, despertem-se! Acordem! Levantem da CAMA!

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